O poder da Tecnologia
O Poder da Tecnologia

13 perguntas e respostas sobre computadores na pré-escola
Por que e como incluir o uso do computador de maneira adequada na rotina da criançada.
É
cada vez mais presente no discurso dos educadores a ideia de que
computador na escola só se for para ser usado como ferramenta pedagógica
a fim de proporcionar aprendizagens às crianças.
Porém,
quando esse é o assunto no currículo da pré-escola, ainda existem
muitas dúvidas - inclusive na cabeça dos pais. Será que a máquina é
realmente útil ou, no fim das contas, acaba virando mais um brinquedo na
mão dos pequenos?
NOVA ESCOLA consultou especialistas, que responderam a 13 perguntas sobre o tema para ajudar você a lidar com o assunto de forma prática e inteligente.
NOVA ESCOLA consultou especialistas, que responderam a 13 perguntas sobre o tema para ajudar você a lidar com o assunto de forma prática e inteligente.
1- Por que os pequenos devem usar o computador?
Primeiro porque é papel da escola
apresentar os elementos do mundo em que vivemos e ensinar como interagir
com eles. Segundo porque, ao planejar trabalhos com o computador na
pré-escola, o educador permite que a turma desde cedo acesse diversas
manifestações da linguagem. "O importante é não esquecer de que a
tecnologia tem de ser usada para expandir conhecimentos. Não vale usá-la
de maneira gratuita", diz Maria Virgínia Gastaldi, formadora do
Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Por ser uma ferramenta para ajudar na
ampliação dos saberes (e não o objeto da aprendizagem), a máquina deve
ser incluída na rotina para a realização de pesquisas na internet, o
desenvolvimento de projetos ou para o uso de jogos que tenham como tema
algum conteúdo que esteja sendo explorado no momento, dentre outras
possibilidades Não faz sentido reservar um tempo para aulas de
informática a fim de ensinar como usar o mouse ou identificar os
símbolos. Enquanto praticam a escrita do nome próprio, por exemplo,
todos aprendem a operar o aparelho.
Não. O ideal é ter uma em cada sala.
No caso de existir uma sala de informática ou então somente um aparelho
na escola, os educadores têm de organizar um cronograma para garantir
que todas as crianças tenham acesso. Assim, a atividade não será
encarada como algo que ocorre raramente e, por isso, desperta ansiedade
ou então se torna o centro das atenções da garotada. Porém, mais do que
isso, a escola tem de se preocupar em integrar a tecnologia à
aprendizagem, ou seja, fazer do computador um componente rotineiro para o
grupo.
Mesmo para essas crianças, não é
necessário fazer uma apresentação formal. O educador é sempre a
referência para a turma. Então, basta que, ao começar uma atividade
qualquer, ele explique os objetivos e descreva o que está fazendo. A
tecnologia faz parte da cultura e a escola é responsável por fazer com
que a criançada tenha acesso a ela. "Quem tem o recurso em casa leva
para a escola novos elementos e compartilha com os colegas. Quem não tem
adquire a chance de desenvolver as mesmas habilidades, passando a fazer
parte do mundo digital", explica Camilla Duarte Schiavo Ritzmann,
coordenadora pedagógica da Escola Santi, na capital paulista.
Sim, desde que as brincadeiras não
sejam passatempos, atividades que não se refletem em aprendizagens. O
educador tem de eleger jogos e programas interativos que agreguem o
trabalho com os conteúdos didáticos explorados na pré-escola.
Tal como um jogo de tabuleiro, ele
precisa desafiar os pequenos a colocar em cena seus conhecimentos, assim
como apresentar novas informações para desafiá-los. Modelos que
apresentam questões a serem respondidas e depois simplesmente revelam
certo ou errado, sem justificativas, por exemplo, não são
interessantes.
Não, mas é imprescindível estudar
antes o que vai ser apresentado para a criançada, tanto para saber se o
material tem qualidade didática como para planejar os encaminhamentos.
No caso do uso da internet para fazer pesquisas, é preciso cuidar para
que a turma não acesse sites inadequados para a faixa etária ou pouco
confiáveis, que podem fornecer informações de qualidade duvidosa.
Não existe uma medida-padrão. O
importante é balancear essa atividade em relação a outras típicas da
Educação Infantil, como a roda de leitura. Na sala da pré-escola da CMEI
Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba, o computador fica em um dos
cantos, tal como o da cozinha, da leitura e dos jogos. "A intenção é
justamente diversificar a oferta de possibilidades", explica a
professora Joseana de Almeida Fonseca Fontoura.
Embora não seja obrigatório, é difícil
conceber um computador que não esteja conectado à rede mundial hoje em
dia. Ela é uma ótima fonte de pesquisa e o acesso está cada vez mais
fácil para a população. No mais, a interação virtual é um aspecto que
deve ser apresentado às crianças e estimulado. É muito enriquecedor
mostrar a possibilidae de buscar informação em lugares que muitas vezes
estão longe de onde a criançada vive.
Sim, para que a turma conheça outra
forma de criar desenhos. "Porém um equívoco muito comum é imprimir os
trabalhos", diz Silvana Augusto, formadora do Avisa Lá. É um gasto
denecessário de material e, transferindo a produção para o papel, o
educador limita as possibilidades de uso da máquina. Por exemplo, propor
que as crianças alterem o material para usá-lo em outros projetos.
Não deveria, já que se tratam de
suportes diferentes, tal como a televisão e o rádio, e um não substitui o
outro. É importante compreender que é preciso lidar com todas elas.
Enquanto no computador a leitura pode ser complementada com recursos
audiovisuais usados de forma interativa, com o livro, fica mais ao cargo
do leitor interpretar o texto.
Não, porém é tarefa do educador
garantir que o trabalho com lápis e papel e com letras móveis ocorram
também. Naturalmente, muitos adultos hoje não escrevem à mão com a mesma
frequência de antes e essa deve ser uma tendência entre os pequenos.
Mas como há situações em que a escrita de próprio punho não pode ser
substituída (por exemplo, quando as crianças estão em um estudo de campo
e precisam fazer anotações), é fundamental garantir essa aprendizagem.
"A criançada precisa aprender todas as possibilidades da escrita para
que possa escolher qual é a mais adequada para usar em cada situação",
fala Silvana.
Sim, porque é uma forma de comunicação
real, tal como a carta. Porém, tem de ser uma atividade contextualizada
(por exemplo, escrever um e-mail para indicar para os colegas de outra
escola o livro que a turma leu recentemente, com a elaboração de uma
resenha). O correio eletrônico também pode ser usado para contatar
profissionais, como médicos e biólogos, que possam esclarecer dúvidas e
ampliar conhecimentos da criançada.
Eu acredito que a Qualidade na Educação está em Consonância com o Uso das Tecnologias da Educação.
ResponderExcluirDaniele